sábado, 5 de junho de 2010

Prefácio

“Os barcos estão seguros enquanto permanecem no porto; mas eles não foram feitos para isto”.

Ultimamente tem sido dada muita ênfase ao evangelismo: de praça, da casa em casa, cultos, etc. A temática hoje é que estamos em tempo de grande colheita e que todos têm que participar. Apesar de toda esta festa ao redor de evangelismo poucos são que têm se sobressaído nesta área. Temos visto muitas igrejas fazendo evangelismo todos os fins de semana. Qual tem sido o fruto? Poucas ou nenhuma alma. É este o desejo do Senhor? Não estão brancos (maduros, prontos) os campos da seara?
Muitas pessoas que sentem ter um chamado para o ministério, quando vêem as possibilidades de trabalho, optam, na maioria das vezes, pelo evangelismo. Há também igrejas que nomeiam as pessoas com possível chamado ao ministério, seja ele qual for, como evangelista. Mesmo assim são poucos os que realmente se engajam nesta obra e mais raro ainda são aqueles que se mostram dispostos a dar suas vidas pelo trabalho de transformar vidas.“...Vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). O fato de, aparentemente nesta área, muitos serem “chamados” e poucos serem “escolhidos” para serem frutíferos dá-se muitas vezes por causa da visão que, geralmente, as pessoas têm do evangelismo. A maioria pensa que este é o ‘mais leve trabalho’ do ministério e muitos o vêem como uma tarefa descontinuada, um processo de começo, meio e fim. Onde ‘prega-se uma noite, as pessoas aceitam a Jesus e pronto! Temos a igreja cheia.’ Cremos que não é bem assim.
Se entendermos biblicamente o evangelismo, com certeza, haverá menos pessoas se dizendo evangelistas. Os sendo nomeadas somente para preencher o quadro de ministros da igreja. Porém, as poucas que restarem como verdadeiros evangelistas serão muito mais frutíferas. Pois, o que nos adianta termos na igreja vinte pessoas chamadas de evangelistas e na prática eles todos juntos não estarem realmente ganhando muitas almas? E ganhar muitas almas é muito mais do que ter metade do bairro numa congregação.
Que este estudo seja de bênção para aqueles que desejam ser frutíferos no Senhor. Que seja de inspiração para aqueles que têm um chamado, mas não o sabem. Que seja de motivação a oração para aqueles que não têm um chamado específico, se é que isto é possível. Que seja de encorajamento para aqueles que, a exemplo de Jesus, disseram “Eis aqui venho... para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.7).

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