sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Compostura e caldo de galinha - LYA LUFT

REVISTA VEJA ed 2254 - 2 de 2012
Vejo no noticioso que estamos em último lugar quanto ao retorno,para cada cidadão, dos gigantescos impostos que pagamos mesmo num cafezinho. Em muitas coisas andamos lá na rabeira do mundo, mas parece que nosso ufanismo continua pulsante. Vai daí, acompanho meio distraída a celeuma em torno de alguma cena tórrida numa das camas do Big Brother, programa a que assisti há anos, quando ele se iniciava, achando bobamente que aquilo não iria durar. Depois, vi fragmento e ouvi comentários, o suficiente para notar que a vulgaridade se perpetua e torna sem que se perceba: fica natural. Há quem vá me achar antiquada, alienada, severa. Não imagino que a gente deva usar saia comprida, manga idem, feito freiras de antigamente. Detesto a antiga hipocrisia em assuntos sexuais. Naturalidade e liberdade são positivas, mas a gente não precisa exagerar... Precisamos, já grandinhas, usar saia tão curta que a maioria fica tentando puxar um centímetro mais para baixo, num desconforto idiota? Precisamos, homens e mulheres, fingir que sexo é só o que importa, ou em idade avançada expor peles murchas em profundíssimos decotes como se o tempo nos tivesse ignorado? Um pouco de recato é questão de higiene, dia uma amiga minha, jovem e sensata. Mas haja coragem para nadar contra a correnteza, em quase todos os assuntos e modismos deste nosso tempo.
Aí vem o tal programa BBB, que virou manchete, no qual um casal (nada original, pois a isso eu mesma assisti nos primeiros tempos) faz ou finge fazer sexo embaixo da coberta sabendo que é filmado. Nada novo, isso já se viu ali com alguns parceiros a mais na cama, ou no sofá espiando, pois, se é o olhar voraz do BB que tudo espreita, por que não? Alguém ousou reclamar, mas parece que a maioria achou tudo bobagem, todos estavam gostando, o povo espectador aplaudindo, por que não, por que não? Afinal, não somos tropicais, liberados, avançados, modernos, embora digam que somos Terceiro Mundo – ou exatamente porque somos?

"Minha esperança é que, apesar de tudo, se afirme e se espalhe a velha mania do bom gosto e da compostura, que, como caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém."


Não sei se progresso se mede pela vulgaridade. Não sei se avanço se calcula conforme a deselegância, e se ascender socialmente implica baixar as calças, levantar a saia, tirar o que sobrou do sutiã. Tenho dúvidas. Tenho insegurança a respeito do que representam essas drásticas mudanças, do antigo primeiro tímido beijo na boca cheio de encantamento e mistério, e esse ficar atual, muitas vezes ainda na infância, no qual vale quase tudo e meninas engravidam sem saber – e sem saber de quem – nesses falsamente inocentes joguinhos eróticos em salões de festa, quando a luz diminui, ou dentro de piscinas sem adulto por perto, ma com bebida.
Escrevi há tempos dois artigos dizendo que família deveria ser careta: cada dia me convenço mais de que toda a sociedade deveria ser um pouquinho mais careta. Com jovens menos pressionados a enveredar precocemente por uma sexualidade que ainda não é a deles nem psíquicas nem biologicamente. Com adultos que não precisam inventar uma modernidade fictícia, mas ser amorosos e responsáveis – mais naturalmente alegres, não tendo de se expor de corpo e alma, feito, diz minha amiga Lygia Fagundes Telles, “carne em gancho de açougue”. Essa aceleração no escrachado, no pretensamente liberado, essa ânsia de ser uma celebridade, de ser notado (não necessariamente amado), essa exigência de ter imediatamente um emprego bom, fácil, muito bem pago, e todas as sensações que o mundo (da fantasia) pode oferecer, depressa, logo, agora, não têm volta. Pois a construção de uma vida, uma profissão, uma pessoa, importo pouco diante da onde de caricaturas de mulheres, homens ou gays que invade nossas telinhas e respinga no nosso colo. E o mundo gira para a frente. Tudo está virando um grande cenário de reality show? Que reality, aliás? Pois não me parece que essa seja a realidade concreta. E é isso que alimenta minha esperança de que, apesar de tudo, se afirme e espalhe a velha mania do bom gosto e da compostura, que, como caldo de galinha, nunca fez mal a ninguém.

sábado, 14 de setembro de 2013

Yom Kippur

O Dia da Expiação

26 Disse o Senhor a Moisés: 27 “O décimo dia deste sétimo mês é o Dia da Expiação. Façam uma reunião sagrada e humilhem-se, e apresentem ao Senhor uma oferta preparada no fogo. 28 Não realizem trabalho algum nesse dia, porque é o Dia da Expiação, quando se faz propiciação por vocês perante o Senhor, o Deus de vocês. 29 Quem não se humilhar nesse dia será eliminado do seu povo. 30 Eu destruirei do meio do seu povo todo aquele que realizar algum trabalho nesse dia. 31 Vocês não realizarão trabalho algum. Este é um decreto perpétuo para as suas gerações, onde quer que vocês morarem.

O Dia do Perdão, Yom Kippur, é o dia mais solene do calendário judaico. Constitui o ponto alto dos dez dias de arrependimento que se iniciam em Rosh Hashaná. É o dia em que o Todo-Poderoso, depois de ponderar os atos de cada criatura no Rosh Hashaná, dá seu julgamento. Assim, o destino de cada um é fixado para o ano seguinte.(segundo a tradição judaica).

Em Israel, Iom Kippur é o único dia do ano em que todo o país pára. Tudo fecha, e mesmo os serviços essenciais só funcionam em regime reduzido. Todos os transportes são imobilizados e todas as estradas ficam vazias.  Em Israel, todo tipo de atividade não religioso costuma parar. Tudo fecha, e mesmo os serviços essenciais só funcionam em regime reduzido. Todos os transportes são imobilizados e todas as estradas ficam vazias.

O que é Iom Kippur? Este termo em hebraico é literalmente, o “dia da cobertura”. A palavra kippur vem do termo hebraico kapar que significa cobrir, expiar. Este dia é hoje conhecido em Israel como o “Dia do Perdão”. Este é o tempo e quem se procura os fiéis que amam a D-us e isso fica claro inclusive no nome do mês em que é celebrada a festa. O mês é Elul que em hebraico é um acróstico de Ani Ledodi Vedodi Li: “Eu (Israel) pertenço ao meu amado (D-us) e o meu amado (D-us) pertence a mim (Israel)”. Este é também um tempo de recomeço quando nós confessamos nossos pecados para os a-bandonarmos e darmos início a um novo período em nossa caminhada com o Eterno!

É considerado como o dia mais solene do calendário judaico, porque tem um jejum de 25 Horas, abstenção de tudo que nos dá prazer e quando jejum cai no SHABAT também é feito, o qual não acontece com os outros jejuns. Porém o dia mais solene do calendário judaico é o SHABAT, pois de acordo com a Torah o castigo para aquele que violar o SHABAT é a Morte, e a pena por violar ou infringir IOM KIPUR é a Ex-Comunhão.

No dia de Iom Kipur todo tipo de trabalho está proibido, comida, bebida, higiene, perfumes, cremes, maquiagem, trabalhos, negócios físicos ou verbais, festas e manifestações físicas de carinho estão proibidas. Este dia está dedicado única e exclusivamente a prece da súplica, sendo o ponto central de reunião a sinagoga. Desde o seu início com o serviço chamado KOL NIDREI (todos os votos, cerimônias para anular votos e promessas que não foram anulados na véspera de Hosh Hashana), até o seu encerramento com o serviço chamado N’ILA (encerramento).

Neste dia são perdoados unicamente os pecados do homem contra o Criador. Os pecados cometidos entre os homens, só serão perdoados pelo Criador quando um tenha pedido perdão ao outro, e este último o tiver perdoado.

Neste dia são perdoados especialmente os membros do povo de Israel, mais qualquer outro povo que se arrepender sinceramente perante o Criador, terá os seus pecados perdoados.

O jejum deste dia não é um único sinal de luto, mais sim para purificar os nossos pensamentos e intensificar o nosso arrependimento.

Tudo que é proibido no SHABAT também é proibido em IOM KIPUR.

Toda pessoa que não afligir a sua alma neste dia será cortada do meio do povo de Israel. fonte

 

Jesus é o nosso Mediador e através dele todo dia é dia de perdão:

  • Hebreus 7:27: “Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo. E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu.”
  • Hebreus 9:26: “Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo.”

    1 Timóteo 2:5: Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,

    quinta-feira, 12 de setembro de 2013

    Sukot – A Festa das Cabanas - I

    A FESTA DAS CABANAS (Fonte: aqui)

    Como nos ensina Paulo em Colossenses, no capítulo 2, nos versos 16 e 17, as festas de Israel são sombras, são figuras de Cristo. No 15º dia do sétimo mês, que para nós corresponde ao mês de outubro, porque no calendário judaico o primeiro mês é à partir de abril, da festa da páscoa, é comemorada a festa das cabanas, ou dos tabernáculos (Lev. 23.34). Esta é a última das festas anuais, das festas solenes para o povo de Israel mencionadas em Levítico 23, mas a primeira a ser referida por Deus depois da saída do Egito.

    Isto porque a primeira jornada do povo de Israel, depois que saíram do Egito foi de Ramessés até Sucote (Num. 33.5). Sucote quer dizer 'cabanas', que tem o mesmo nome da festa das cabanas que em hebraico se chama 'sucot'. Isto nos traz algo revelador, porque depois da páscoa, que representa a obra sacrificial de Cristo na cruz, eles partiram no dia seguinte, isto é, dia 15 do primeiro mês, porque a páscoa foi no dia 14, de Ramessés e caminharam até Sucote. Isto nos ensina que à partir da regeneração, do nosso novo nascimento em Cristo que vem pela fé na obra sacrificial de Cristo na cruz, Deus quer que vivamos como Igreja, porque a festa das cabanas representa a comunhão de todos os santos, assim também como a comunhão final e eterna de Cristo e a Igreja.

    Na festa das cabanas todos cortavam folhas de palmeiras e faziam cabanas no terraço, no pátio e no átrio do templo (Nee. 8.16). Nesta festa não se distinguia um pobre de um rico, um escravo de um livre, um jovem de um velho, um homem de uma mulher, casados, viúvas ou órfãos, mas todos eram um, um sem distinção. Assim é o coração do Senhor em sua festa após tomar um pecador como filho. A festa que começa no céu (Luc. 15.7), continua na comunhão dos santos, porque este é o sentido real da comunhão: uma festa solene.

    Após a regeneração, a primeira jornada de um cristão é até Sucote, isto é, até a Casa de Deus, para estar em comunhão com os santos, na unidade do Corpo de Cristo, sem distinção alguma. Onde não há grego, nem judeu, escravo ou livre, bárbaro ou cita, mas todos são um em Cristo (Col. 3.11). Tudo aquilo que para o Senhor se tornou uma batalha, e depois em vitória, para nós terminou em festa. Sim, porque toda batalha para o Senhor resulta em festa para o seu povo.

    Mas esta festa também nos traz mais coisas reveladoras. Como nos ensina João, no capítulo 1, no verso 14, quando diz que Jesus, que é o verbo que se fez carne, e habitou entre nós, no original grego significa que Jesus 'tabernaculou', ou habitou num tabernáculo entre os homens. Paulo também usa esta expressão para o nosso corpo quando diz: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" II Coríntios 5.1.

    Mas esta festa também traz ainda algo revelador, porque ela é comemorada pelos judeus (seguindo o calendário lunar) agora em outubro, e pela data, seria à partir do dia 15. Isto revela a época do nascimento de Jesus, do tempo que ele tomou um tabernáculo, que é o primeiro dia desta festa e que ao oitavo dia foi circuncidado, que representa a festa do primeiro ao oitavo dia (Lev. 23.39).

    Mas como a saída do Egito, ela representa a primeira para o Senhor e para nós na realidade, e a última festa também, porque ela trata da volta de Cristo. Esta festa é a última do ano onde havia muita alegria e regozijo. Por isso é comparada a uma festa de casamento, e em Apocalipse no capítulo 21, nos versos 2 e 3, nos diz que a Igreja virá adereçada como uma noiva para o seu noivo, e o tabernáculo de Deus estará com os homens. Aleluia! Este tabernáculo de Deus é Cristo, e esta será a última e permanente festa: A comunhão do Senhor com a Sua Igreja gloriosa, sem mácula nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Diáfana como o cristal, como o cristal resplandecente (Apoc. 21.11).

    Como podemos ver, a festa das cabanas é a última das festas, mas em nossa jornada ou carreira cristã ela é a primeira que o Senhor quer que nós gozemos. Porque aquilo que está prometido para um tempo ainda distante, para nós pode já ser uma realidade presente. A comunhão com o Senhor e a comunhão de uns com os outros, na unidade do Espírito é uma realidade que o Senhor deseja para nós. O nosso primeiro acampamento depois da regeneração é Sucote, é a Casa de Deus, a Igreja do Deus vivo, e será a última pela eternidade, de muita alegria e regozijo.

    quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

    Vai começar: 40 dias

    Começa neste dia 7 de janeiro (segunda-feira) nossos 40 DIAS EM PROPÓSITO na Comunidade de Sião. Envolva-se e descubra porque você está neste mundo.


    quarta-feira, 10 de outubro de 2012

    terça-feira, 25 de setembro de 2012

    O hoje é tudo o que você tem.

    “Não se preocupem com o amanhã – o amanhã se preocupa consigo mesmo! O dia de hoje já possui tzarot (aflições) suficientes!” Mateus 6:34 (Bíblia Judaica)

    preocupacao

    Quão difícil é vencer a ansiedade! O Senhor Jesus nos orienta a não andarmos ansiosos pela nossa vida: “Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? (Mt 6:25).

    A palavra ansioso, no grego, quer dizer “dividir em partes”. A palavra sugere uma distração, uma preocupação com coisas que causam ansiedade, estresse e pressão. Jesus prega contra a preocupação e ansiedade devido ao cuidado alerta de um Pai Celestial que está sempre atento às nossas necessidades diárias. Mas que desafio é cumprir esta palavra em nossas vidas!

    Um dos aspectos mais perturbadores da ansiedade é a preocupação com o futuro. Soren Kierkegaar disse: “Que é a ansiedade? É o dia seguinte”. O capítulo ainda não escrito da nossa vida é que perturba a maioria de nós. Jesus nos oferece a solução: “deixe que o amanhã cuide de si; viva o hoje ao máximo”.

    A mensagem de Cristo é que se vivermos hoje da maneira que Ele sugere, o amanhã será mais glorioso do que jamais ousamos imaginar, pois o que fazemos hoje será inseparavelmente relacionado com o que acontecerá amanhã.

    Podemos influenciar o futuro através de como lidamos com o que está acontecendo. Jesus diz que há oportunidade suficiente hoje para vermos o seu poder em operação contra o mal. Concentre-se nessa realidade e o amanhã será uma oportunidade de êxito. Uma vez que o nosso amanhã último, a vida eterna, esteja seguro, podemos viver sem reservas cada dia.

    A maioria de nós se preocupa tanto com o futuro que não desfruta o presente. Preocupamo-nos com o amanhã que virá e falhamos em experimentar o que é. Prosseguimos em preparação como se um novo plano, relacionamento ou oportunidade tornará tudo diferente. É bom fazer planos, mas não ao ponto de olvidar a voz de Deus nos momentos mais difíceis da vida.

    As sementes da colheita do amanhã são plantadas hoje. A maneira de cultivarmos é que determinará o que colheremos. Portanto, o hoje é essencial para o nosso sucesso de amanhã. Você não precisa se atormentar acerca do amanhã, porque cada dia terá o seu próprio afazer. Uma preparação consciente para o futuro não é censurada pelo Senhor Jesus, mas afligir-se por causa disso é condenado.

    Ouça o conselho que vem da parte de Deus para você: “Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios; aplica o teu coração ao meu conhecimento, pois te será agradável guardá-los no teu coração, se aplicares todas as minhas palavras aos teus lábios. Para que a tua confiança esteja no Senhor, ensino-as a ti HOJE” (Pv 22:17-19). Coloque em prática hoje os conselhos do Senhor e o seu amanhã será repleto de bênçãos e vitórias. Lembre-se: hoje é tudo o que você tem; o amanhã pertence ao Senhor. E se o teu hoje for consagrado e vivido com sabedoria espiritual, a ansiedade será repreendida da tua vida e você viverá os planos que Deus tem preparado para você.

    Que o Senhor abençoe-te poderosamente no dia de hoje. Amém.

    Pr. Fernando Silva da Rocha

    quarta-feira, 18 de julho de 2012

    Invictus

    Quem já assistiu o filme Invictus, conhece a história verídica da união de um povo por um objetivo. Quem nunca assistiu, deveria assistir. Neste texto vou apresentar o poema que inspirou Nelson Mandela durante a sua prisão. Este mesmo texto foi enviado por Mandela ao capitão do time de rugby da África do Sul, Francois Pienaar, como inspiração para vencer o campeonato mundial da categoria.

    Invictus - José Lopes

    Mais informações sobre o poema e seu autor, podem ser encontrados na Wikipedia (inglês). Já para aqueles que nunca viram Invictus, deixo a minha recomendação e o trailer.

    fonte: aqui

    terça-feira, 10 de julho de 2012

    Revelado o ingrediente secreto das religiões

    por Editores do HowStuffWorks

    As pessoas se sentem satisfeitas em uma religião pela proximidade de Deus ou dos amigos?
    © Roger Branch / iStockphoto
    As pessoas se sentem satisfeitas em uma religião pela proximidade de Deus ou do grupo de amigos?

    Embora já se conheça a relação positiva entre a religiosidade e a satisfação na vida, um novo estudo publicado na edição de dezembro do American Sociological Review revela o “ingrediente secreto” das religiões que torna as pessoas mais felizes.
    “Nosso estudo oferece evidências de que são os aspectos sociais da religião e não a teologia ou a espiritualidade que levam à satisfação”, disse Chaeyoon Lim, professor assistente de Sociologia da Universidade de Wisconsin-Madison e que conduziu o estudo. “Em particular, descobrimos que as amizades construídas nas congregações religiosas são o ingrediente secreto da religião que torna as pessoas mais felizes.”
    Chaeyoon Lim e Robert D. Putnam, esse último professor de Políticas Públicas de Harvard, extraíram dados de uma amostra representativa de adultos norte-americanos nos anos de 2006 e 2007. De acordo com o estudo, 33% das pessoas que freqüentam alguma atividade religiosa semanalmente têm entre três e cinco amigos próximos na própria congregação e relataram ser extremamente satisfeitas com suas vidas. “Extremamente satisfeito” é definido como 10 em uma escala que vai do 1 ao 10.
    Em comparação, apenas 19% das pessoas que freqüentam alguma atividade religiosa pelo menos uma vez por semana, mas que não possuem amigos próximos na congregação relataram ser extremamente satisfeitas. Por outro lado, 23% das pessoas que freqüentam a igreja apenas algumas vezes por ano, mas que têm entre três e cinco amigos próximos na congregação disseram se sentir extremamente satisfeitas com a própria vida. Por fim, 19%  das pessoas que nunca freqüentaram uma comunidade religiosa e portanto não possuem amigos na congregação disseram estar extremamente satisfeitas com a própria vida.
    De acordo com os autores do estudo, as pessoas gostam de sentir que pertencem a uma comunidade. Uma das funções mais importantes da religião é dar às pessoas a sensação de pertencimento, ou seja, de que elas fazem parte de uma comunidade baseada na religião e na fé. Os amigos são o que torna tangível essa comunidade.