As três peneiras

Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz. Seria um mexerico a menos para envenenar o ambiente e fomentar discórdia entre irmãos, amigos e colegas.

“Um rapaz procurou Sócrates e lhe disse que precisava contar algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos daquilo que lia e perguntou:
—O que você vai contar-me já passou pelas três peneiras?
—Três peneiras?
—Sim. A primeira é a verdade. O que você vai contar dos outros é um fato? Caso tenha somente ouvido falar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve então passar pela segunda peneira: A bondade. O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir a fama do próximo? Se o que você vai contar é verdade, é coisa boa, deverá ainda passar pela terceira peneira: A necessidade. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
E arrematou Sócrates: —Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo.”

“Os sábios acumulam conhecimento, mas a boca do insensato é um convite à ruína.” Pv 10.14
“O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos.” Pv 16.28
“Com a boca o ímpio pretende destruir o próximo, mas pelo seu conhecimento o justo se livra.” Pv 11.9
“"Não espalhem calúnias entre o seu povo. "Não se levantem contra a vida do seu próximo. Eu sou o Senhor.” Lv 11.16