Somos ou não somos livres? Martin Luther King disse em seu famoso discurso no memorial Lincoln (28 de agosto 1963):
“Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra...”
Podemos ter uma sensação de falsa liberdade. É como estar livre em um túnel ou dentro de um trem em movimento. Temos liberdade de escolher entre poucas alternativas pré-estabelecidas. Num artigo chamado “liberdade pra quê?”[1] o autor diz sobre esta liberdade:
“- Livre para assistir à Globo em seu fast-food favorito/consultórios vários, além dos médico-dentários/pet-shop/cabelereiro/boteco/show-room, etc.;
- Livre para ler, em todos os locais supra, Veja/Vejinha/Época/Caras;
- Livre para pagar IPTU progressivo;
- Livre para se empanturrar no MacDonald;
- Livre para passar as férias em Miami & Cancun, salvo a Terra de Marlboro, ou seja:
- Livre para fumar no meio da rua;
- Livre para estagiar graciosamente em qualquer lugar;
- Livre para assistir ao BBB-10 24 horas por dia;
- Livre para curtir parada gay;
- "Instalaçãs",
- "Ocupaçãs",
- "Intervençãs", donde-
- Livre para ser fashion;
- Livre para ser fofo;
- Livre para seu sonho de consumo;
- Livre para fazer um teste drive;”
A pergunta é: Somos livres de verdade? Ou nos escravizamos de muitas maneiras e comprometemos o nosso futuro e o legado às gerações que virão?
Podemos ser escravos sem saber.
Escravos - os conformistas e passivos. São aquelas pessoas que só pensam nelas mesmas, havendo um sentido de egoísmo em tudo que fazem. Que pensam em trabalhar para ganhar “apenas” o seu sustento. São pessoas que não se interessam em evoluir e nem em aprender nada. Geralmente tem medo de saber “verdades” e com isso abrirem os olhos e gerar “responsabilidade”, ou então realmente não estão preparadas para aprender nada. Jamais deixarão nada de produtivo para humanidade. O escravo gosta de se fazer de vítima, algo como um tipo de mártir vitimado pelos desmandos dos outros
Talvez a pessoa tenha nascido escrava, sem saber que tipo de vida existe fora da escravatura: a única referencia que tem da “liberdade” é a do seu dono enraivecido. O escravo aprendeu a golpear porque era golpeado, o pecado era exigente e por isso o escravo exige das pessoas e não sabe pedir. Uma das razões porque Cristo diz "Pedi" é precisamente essa: devemos aprender a pedir e a deixar de exigir. Nós exigimos de pessoas más ou sendo maus, mas pedimos a pessoas boas. Podemos deixar de exigir sem pedir nada do jeito certo também. Mas assim nunca aprenderemos os jeitos do mundo livre de Cristo. Todo escravo acha que liberdade é aquela que via em seu dono. Logo, experimentar a liberdade de Cristo é difícil para si, quanto mais difícil será tendo como única referencia uma liberdade desumana para a qual, na verdade, nunca foi chamado.[2]
[1] http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=14&cod_publicacao=32268
[2] http://www.reavivamentos.com/pt/mensagens/escravo_liberto.html
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